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Arquitetura ignota
Tipo de projeto
Livro - Publicação impressa e digital
Data
15/05/2024
Ignota é o termo em latim que significa desconhecido, obscuro, indeterminado. O termo se tornou muito conhecido no Brasil pela utilização de Euclides da Cunha no livro Os Sertões, na sua descrição do semiárido brasileiro. Seguindo ideias de que esse território seria uma "terra ignota", o Estado Brasileiro institucionalizou um modo de agir, construir, controlar, ler e transformar esse espaço a partir da política intitulada de "Obras contra as Secas". Esse programa, que segue na sua ativa, ocorre a partir da concepção de que o semiárido é um es- paço em si inóspito. Ignota foi um dos nomes que se deu ao seu território que mais permeou a imaginação política e os projetos que se sucederam no seu espaço. Para que ele fosse transformado e moldado tal processo se deu a partir de um projeto arquitetônico-espacial de grandes obras para que se interviesse no semiárido, fazendo com que tais construções exercessem um papel de ressignificação desse espaço. Arquitetura ignota é uma investigação sobre esse processo e um dos possíveis nomes para o confronto do programa do Estado Brasileiro com o semiárido. Principalmente com açudagens, estradas, rodovias, técnicas de mapeamentos e outros tipos de estudos, essa intervenção se deu a partir da construção de grandes obras como um plano espacial, político-social e ambiental do semiárido no Brasil. Essa publicação investiga projetos, mapas e fotografias que documentam alguns dos mecanismos do programa de "Obra contra as Secas", tendo como objetivo examinar a imensa e violenta transformação perpetuada pelo Estado Brasileiro na sua espacialidade e no seu imaginário.







